terça-feira, 11 de setembro de 2012

A ultima carta para Manoel

Há dias tenho guardado as palavras, escolhidos as letras, segurado os dedos para esse momento, sei que vários dias e meses se passaram tão rápidos que ninguém notou, mas eu notei e continuo contando todas as horas desde o ultimo olhar... 
Mas hoje Manoel depois de tanto tempo decidi parar de contar os dias e as horas
Decidi sorrir, limpar a casa, ir a uma festa, fazer compras, ouvir nossa/minha musica sem chorar e fumar meu maço inteiro de cigarros sem me preocupar com o amanhã
Decidi dar uma chance ao holandês de me fazer sorrir, vestir meu vestido curto, perfumar meu decote e usar um de meus saltos há tanto tempo guardados
Decidi pintar o cabelo e até te agradecer pelos quilos que perdi longe de ti Manoel
Essa não é a vida que planejei quando me sentia "feliz" mas não posso reclamar do que conquistei nesse tempo longe de nós

Algumas coisas atuais para que não fiques desinformado de mim:

Meus pés continuam longe do chão porém mais próximos da realidade
Eu e a paciência viramos amigas e o dinheiro agora é só papel sem valor
A família deixou de ser fardo pra ser fase, e tolerância virou sobrenome
Trabalho virou hobby, casa refúgio, e os domingos são tranquilos sem ti
A escolhas são pensadas, assim como palavras e atitudes
Meu salário sobra e eu não compro sapato há meses
E agora eu respiro ainda mais fundo

E eu só te digo sobre mim para que não fiques desinformado de nós

A menina voltou a ser mulher, o lago secou diante dos meus olhos e o horizonte é tudo o que 
vejo a minha frente, descobri que quando se está quase no topo regredir é mais difícil que continuar a subir, e por tudo isso a partir de hoje Manoel não há mais versos, lagrimas ou lembranças minhas para ti!

Adeus!

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