quarta-feira, 27 de maio de 2015

Somos todos TUDO

E assim devagarzinho a gente vai nascendo, a gente vai morrendo, a gente vai se reinventando, um dia você acorda e finalmente percebe que nao tem mais 17, não tem mais sua família e há muito tempo não espera mais o príncipe, e ali entre um cigarro e outro percebe que ja tem quase 30.

Onde estive todo esse tempo? O que fiz? O que vivi?  O que vi e ouvi? E o que com tudo isso aprendi? E realmente aprendi?

Não lembro mais os detalhes do meu livro preferido, não tenho mais uma coleção de sapatos, bolsas ou qualquer coisa ditada pelo consumismo, e mesmo assim não consigo enxergar o futuro, sou a única? Como se dissipa essa neblina mais a frente? Como se ausenta de um corpo doente? Como se muda o mundo?

E todas as vozes dizem num só coro frases do tipo "seja você", "vá em frente", "é o caminho certo", "ele é culpado", "ele é inocente", controvérsias e julgamentos sem nexos, mas eu não vejo beleza nessas coisas, nesses tapinhas, cafunés e injurias, não vejo a inocência nas crianças ou a boa vontade nos adultos, não vejo o mais na frente.

E diante dessa roda de vontades, sentimentos e emoções, procuro a cada minuto o melhor esconderijo nessa vida de caos, somos todos macacos, somos todos charlie hebdo, somos todos Verônica, somos todos lgbts, SOMOS TODOS GENTE, SOMOS TODOS TUDO, porque no fim TODO MUNDO É NADA.


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